quinta-feira, 1 de julho de 2010

Inhotim

O Inhotim é sem dúvida alguma, um dos institutos culturais mais interessantes que temos no país. O fato de não se tratar apenas de uma enorme galeria e também de um rico jardim botânico torna-o ainda mais intrigante.

Essa interação entre as obras de arte e a natureza é muito interessante pois aguça ainda mais os nossos sentidos. O Inhotim é um espaço que nos proporciona diferentes sensações, a cada obra e a cada caminhada é algo novo, diferente do que vimos minutos atrás.

Como exemplo temos a obra Linda do Rosário, de Adriana Varejão, em que muitos sentem um cheiro de carne ao ver uma parede esculpida com formas de órgãos e carnes sangrando.


Linda do Rosário, Adriana Varejão

As obras interativas permitem o tato trazendo uma diferente sensação já que em grande parte das galerias do mundo podemos apenas contemplar visualmente as obras de arte. Tocar nos mostra um outro lado da obra, algo diferente que não seria possível percebermos apenas com a visão.

As obras ligadas à audição são muito interessantes. Apesar do Sonic Pavilion, Doug Aitken ser algo extremamente diferente, dentre as obras de caráter auditivo, as que mais me chamaram atenção foram: Forty Part Motet, de Janet Cardiff e The Murder of Crows 2008 pois nelas nós dependemos inteiramente de nossos ouvidos para entendermos e apreciarmos a obra de arte. A nossa atenção não se desvia com o que vemos, ele se prende totalmente aos diferentes sons que são perfeitamente capazes de nos ambientizar.


Sonic Pavilion, Doug Aitken


Forty Part Motet, Janet Cardiff


The Murder of Crows 2008

Para mim, o Inhotim é um espaço cultural sensorial, capaz de causar surpresa; estranhamento quando nos deparamos com um enorme emaranhado de vigas no topo de uma montanha ou então com uma semi-circunferência gigante toda espelhada escondida numa trilha. Ele está muito além de um grande acervo...

Beam Drop, Chris Burden

De lama lâmina, Arto Lindsay

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