sexta-feira, 2 de julho de 2010

Revista Manuelzão : Ano 9 - no 36

Reportagem: Só em último caso


A preocupação com a água na cidade só se faz quando não há mais como corrigir grandes erros cometidos, ou seja, quando as cidades já estão consolidadas e as medidas, nem sempre estratégicas, já foram tomadas. Corrigir o erro, então, é muito difícil ou irrealizável. Dessa maneira, BH de forma pioneira, fomenta uma idéia que foi aceita e, assim, declarada como a Deliberação Normativa (DN) n˚ 95 do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Essa DN estabelece critérios para o licenciamento ambiental de intervenção em cursos d’água urbanos em Minas Gerais. As intervenções são classificadas em classes A até D. A classe A só é permitida a recuperação e a revitalização das águas. Já a classe D, é permitida a confecção de canais abertos com revestimento das paredes laterais e do leito do rio e até, em alguns casos especiais, criação de canais fechados. Sendo assim, começa um movimento contra a canalização dos cursos d’água, visto que essa diminui a erosão e o atrito das águas aumentando a velocidade do curso da água. Com maior velocidade há maior risco de enchente o que gera certo desconforto com a política sanitarista. Combater a proliferação de doenças via água e os desastres dos transbordamentos criam uma maior aceitação da prefeitura de manter os rios e córregos como integrantes da paisagem urbana.

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