terça-feira, 13 de abril de 2010

Disse que me disse : Exposição MADRID 100% ARQUITECTURA

Exposição Madrid: 100% Arquitectura: de 10 de Abril a 20 de Junho, no Espaço Cultural Casa do Baile


Organizada pelo Colégio Oficial de Arquitetos de Madrid (COAM) a exposição chega para nós por meio do Instituto Cervantes. Foram selecionados 60 projetos representativos de sete áreas temáticas: arquitetura cívica, cultural, desportiva, educativa, institucional, de infraestrutura e de urbanismo. O intuito é apresentar um pouco da produção arquitetônica de Madrid e de outras regiões da Espanha e promover um debate em torno dessa produção, de modo a estabelecer possíveis diálogos entre os arquitetos da Espanha e do Brasil, principalmente com a população de Belo Horizonte!



Mais informações em : http://belohorizonte.cervantes.es/es/default.shtm

sábado, 10 de abril de 2010

REVITALIZAÇÃO: ESPAÇO CULTURAL ARRUDAS

Nossa idéia inicial para a revitalização do Rio Arrudas é transformar uma parte de seu curso em um local agradável para as pessoas caminharem e desfrutarem de atrações culturais. Pensamos em construir uma passarela nas margens do rio (fig.1) com quiosques, elas seriam destinadas para caminhada.



A área que se destina hoje aos pedestres seria exclusiva para os ciclistas. Essa parte escolhida para a intervenção será delimitada por um sistema de eclusas (fig.2) que controlará o nível da água para que as atrações culturais ocorram.




Rio Arrudas cheio (usando o sistema de eclusas)

Essas programações culturais acontecerão sobre estruturas semelhantes à balsas que navegarão a área delimitada. Existirão três estruturas: uma "tenda" para exposições artísticas, uma balsa que terá um cinema panorâmico e um pequeno anfiteatro que exibirá peças teatrais e shows. O cinema terá formato semelhante ao da Igreja São Francisco de Assis e sua estrutura será inspirada no projeto Cavidad Textil da arquiteta Zaha Hadid.
"Tenda" para exposições artísticas



Cinema Panorâmico


Cinema Panorâmico sobre a balsa
Anfiteatro

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Disse que me disse: Olimpíadas de Londres - Torre "ArcelorMittal orbit"







O artista indiano-britânico Anish Kapoor desenhou uma torre de 115m de altura que será construída para os Jogos Olímpicos de Londres em 2012. A torre, mais alta do que a estátua da Liberdade, ficará localizada perto do estádio olímpico da competição e proporcionará aos visitantes uma vista panorâmica da cidade de Londres.




A torre projetada por Kappor será construída pela construtora Arup, a mesma que foi responsável pelo Cubo d`Água de Pequim. O custo da obra será de US$ 289 milhões e terá em seu desenho os cinco anéis que simbolizam as Olimpíadas.

Anish Kappor é reconhecido mundialmente por suas obras com formas curvas e monocromáticas e já ganhou vários prêmios como o prêmio Turner (um dos mais importantes da arte mundial). Uma de suas obras está localizada no Milennium Park , na cidade de Chicago. A escultura `Cloud gate` foi produzida em 2004 e representa bem o lado plástico característico de suas obras!


Kappor esteve aqui no Brasil em 2006, e surpreendeu a todos com seus objetos e instalações que parecem ser "importados de outro mundo". A exposição se chamou "Ascension" e passou pelo Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo.




domingo, 28 de março de 2010

Garimpo BH

          Na cidade de Belo Horizonte podemos encontrar diversos tipos de lugares, cada um com sua especificidade, formando uma complexa malha urbana. A interação ou falta desta entre o homem e a cidade nos dá uma classificação para estes diversos locais.
          Quando estamos dentro de um carro ou ônibus, não temos o costume de observar a organização das avenida.Ao analisarmos essas vias de tráfego da capital percebemos que a interação delas com a população é restritamente funcional. Por isso caracterizamos as avenidas como espaços isotópicos e neutros, já que todas as avenidas nos servem da mesma forma, como meio de passagem e se aparentam fisicamente, são planificadas e largas.



          As praças podem ser caracterizadas como espaços isotópicos por se assemelharem, a Raul Soares assim como a Praça da Liberdade são locais arborizados, com fontes e trazem uma suavidade para o ambiente urbano. Porém, diferentemente das avenidas, não são espaços neutros já que os espaços que as praças ocupam se transformaram num microcosmo, onde muitas pessoas aproveitam para fazer caminhadas e exercícios físicos e também usam como forma de lazer.
          O Mercado Central tem um comportamento curioso a ser analisado. Quando criado, não havia distinção entre os outros mercados da cidade, sua função era única e exclusivamente de mercado, ele funcionava então como um espaço isotópico. No entanto, ao longo da historia de Belo Horizonte o Mercado foi criando uma relação de identidade maior com a cidade, tornando-se um importante ponto de referência, que mostra aos milhares de visitantes um pouco dos costumes regionais. Ao atingir esse valor o mercado passa a ter um significado de lugar heterotópico.

          Temos também a construção da Pampulha, que na época representou a inserção de Minas Gerais na era do desenvolvimento urbano industrial moderno. Na criação do lugar uma das intenções era lançar Belo Horizonte no circuito cultural. Por um tempo a proposta deu certo, mas com o passar dos anos a Pampulha perdeu o sentido de um espaço cultural e tornou-se um espaço neutro, pelo menos para a população local.

Fonte:http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/

sexta-feira, 26 de março de 2010

Belo Horizonte por três autores arquitetos!



A Fazenda do Cercado, com a chegada de viajantes e bandeirantes que por ali passavam e paravam, deu origem ao Curral Del Rei. Embora continuasse subordinado a Sabará, aos poucos o arraial cresceu, tornando-se independente.
Quando houve a Proclamação da República (em 1889) o nome do arraial foi mudado pra Belo horizonte, e junto com a mudança de nome veio a notícia da construção da capital naquele local.

Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares e uma avenida em torno de seu perímetro, a Avenida do Contorno.

Ao longo da história da cidade, a ocupação do solo de Belo Horizonte sofreu constantes transformações. Uma das regiões em que isso é mais perceptível e que podemos nos confrontar com a arquitetura de várias épocas é a região centro sul da capital.

A região central, por exemplo, teve a função comercial mais presente desde sua criação, porém por volta das décadas de 60 e 70, parte do comércio se transferiu para a região que hoje conhecemos como Savassi. Esse comércio que se transferiu para a Savassi era mais elitista e atendia a parcela da população que morava no Bairro Funcionários, nas proximidades da Praça da Liberdade. Já o centro passou a ser frequentado por uma porção da população com renda mais baixa, moradores principalmente do Barro Preto. Muitas edificações no centro foram desocupadas então, e após um tempo foram destruídas dando lugar aos primeiros arranha-céus de Belo Horizonte.

A região do Barro Preto, assim como as do Santo Agostinho e de Lourdes, foi uma região com ocupações primeiramente mais precárias, que se faziam ao redor dos córregos Leitão e Barroca. As casas eram pobres e não se tinha infra-estrutura como no Bairro Funcionários e região Central. Porém, em 1930 o Barro Preto se torna um bairro industrial e mais tarde os rios são canalizados. Com o desenvolvimento da cidade esses três bairros citados acima se valorizam e as pequenas construções dão lugar para grandes casarios que ate hoje podem ser observados.

Com a valorização dos terrenos nas regiões mais centrais, a parcela mais pobre da população foi em direção às regiões suburbanas. Essas regiões formadas por chácaras num primeiro momento, tinham a função de abastecer a capital, como era previsto no projeto de Belo Horizonte. Essa migração contribui para segregação urbana. O Bairro Sion, por exemplo, situado na ex-colônia agrícola Adalberto Ferraz, foi ocupado primeiramente com uma favela (Favela Vira Saia) que se desfez por volta de 1960, quando a expansão da Avenida Afonso Pena foi realizada. A partir de então muitos bairros foram criados, propiciando a também formação de algumas centralidades observadas hoje na cidade como a área hospitalar, que além de hospitais, concentra um grande numero de consultórios particulares em seu entorno, Venda Nova, que possui diversos serviços e um intenso comércio na Avenida Padre Pedro Pinto, Mercado Central entre outros.

Portanto o progresso e o crescimento da capital mineira são marcados pelas diferentes formas de ocupação do solo. O exemplo, talvez mais gritante disso, é o atual Bairro das Mangabeiras. Inicialmente, aos pés da Serra do Curral instalou-se uma mineradora, visando à exploração do local, em que britas e macadame eram extraídos para abastecer a construção civil na cidade. Em 1950 com o fim da exploração do local a população mais pobre se estabeleceu criando a Vila Acaba Mundo. E já por volta de 1960 e 1970, devido ao belíssimo visual da Serra do Curral muitos terrenos são vendidos e varias mansões são erguidas. Devido esse crescimento desenfreado, para que a preservação de uma parte da Serra do Curral cria-se por volta de 1982 o Parque das Mangabeiras, como extensão do verde e forma de lazer para a população.

Todos esses são exemplos de diferentes formas permanentes de uso do solo. No entanto, temos em Belo Horizonte casos de apropriação intermitente como a feira de artesanato, que ocorre aos domingos na Avenida Afonso Pena. Essa forma de uso é capaz de dar à avenida a condição de lugar, onde existe uma relação entre aquele espaço e as pessoas, que vão ate lá para comprar, vender ou apenas visitar. Diferentemente do que ocorre durante a semana em que a avenida tem única e exclusivamente a função de deslocamento, funcionando assim como um não-lugar.

A Avenida Afonso é um microcosmo em que podemos analisar o que ocorre na cidade como um todo, que é viva, dinâmica, sujeita à transformações frequentemente. Por isso planejar uma cidade é algo tão complexo, é preciso lidar com o inesperado e aprender com os erros. Logo nos primeiros anos de Belo Horizonte observamos que o projeto de Aarão Reis não ocorreu como planejado: a primeira zona suburbana, cresceu de forma desordenada. Nos bairros São Lucas e Serra é visível as distintas formas de ocupação, não observa-se o alinhamento nas ruas e quarteirões, como ocorre dentro da Avenida do Contorno. A utopia da cidade organizada, setorizada gerou assim o caos que presenciamos diariamente.

A utilização dos rios como opção de lazer e cultura: Rio Arkansas




O Riverwalk foi um projeto que devolveu ao Rio Arkansas o seu percurso original no centro da cidade de Pueblo no Colorado, EUA. O rio foi a força vital da cidade por 300 anos e, em 1920, foi desviado após uma inundação devastadora que destruiu grande parte de Pueblo.

Sua relação com a cidade sempre foi relevante principalmente por questões de cunho econômico e atualmente não seria diferente. A revitalização do rio transformou o centro da cidade e fez daquele espaço um atratativo tanto pra os moradores quanto para turistas. Criou-se um local para lazer e cultura que move a economia da cidade e também proporciona um bem-estar para os habitantes da região que podem usufruir diariamente das áreas verdes e atrações culturais.

O “parque” conta com uma infra-estrutura excelente, com espaços para shows, festas e apresentações culturais além de um anfiteatro e laboratórios ao ar livre onde um pouco da história de Pueblo é mostrada aos visitantes. O rio pode ser navegável por gôndolas ou pedalinhos e fornecem aos visitantes uma belíssima paisagem que retrata aspectos históricos da região!


Mais informações em: http://www.puebloharp.com/


Fonte: http://www.puebloharp.com/


quinta-feira, 18 de março de 2010

Disse que me disse: Exposição ''Brasília 50 anos''




Tudo bem... São Paulo está um pouco longe de nós... mas se alguém tiver a oportunidade de dar uma passadinha por lá até o final de maio poderá visitar a exposição que comemora os 50 anos Brasília!

Em meio há tantas discussões nas nossas aulas sobre o planejamento urbano, sobre o pensar arquitetônico e urbanístico para um futuro, nada mal conhecer um pouco mais do pensamento de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa ao projetarem Brasília. Um projeto que, sem nenhuma dúvida, era desafiador e muito a frente do que a nossa realidade brasileira estava acostumada na época.

A exposição ''Brasília 50 anos" acontece no Sesc Pinheiros, na cidade de São Paulo. A mostra traz serigrafias do urbanista Lúcio Costa, do arquiteto Oscar Niemeyer e do artista plástico Athos Bulcão. Ela ficará em cartaz até o dia 30 de maio!

É importante ressaltar a figura de Athos Bulcão que talvez não seja tão conhecido como Niemeyer e Lúcio Costa. Bulcão possui diversos trabalhos conjuntos com obras arquitetônicas e grande parte dessas estão espalhadas pela cidade de Brasília. Além de artista plástico ele também trabalhou como arquiteto, participou da elaboração dos projetos da nova capital a convite de Oscar Niemeyer e também realizou alguns projetos de interiores.

Curiosamente, ele conheceu Niemeyer ao ser convidado por este para a confecção de um projeto para azulejos externos que configurariam um painel ao Teatro Municipal de Belo Horizonte. Infelizmente a obra ficou inacabada e o painel não foi realizado. No entanto, nós podemos prestigiar um pouco do que foi a arte de Athos no painel de São Francisco de Assis, na Igrejinha da Pampulha. Já que ele estagiou com Candido Portinari e trabalhou como assistente na confecção deste painel.

Bom aqui está o link com um vídeo rápido que fala um pouco mais sobre essa exposição: